02 junho 2008

PREGUIÇOSA



Final de um dia preguiçoso. Não vou nem me redimir pelo ano que passei longe. Já deixei de me desculpar há tempos pelas conseqüências de meus atos e minhas vontades. Hoje, se não estou a fim de ir, não vou; se estou a fim de ficar, fico.

Ouvia muito de algumas pessoas próximas que eu “me justificava demais”. Decidi, então, mandar todos às favas e dizer sim-sim ou não-não. Sem porquês. Sem justificativas. E principalmente, sem hipocrisias. Que alívio!!!!!

Engraçado é que as mesmas pessoas que diziam o lance da justificativa pra mim, hoje não me entendem. Elas podem até fingir entender. Mas no fundo, no fundo, não sabem porque estou mais afastada, mais recolhida à minha insignificância. Também, não tô nem aí. Elas que vão às favas!

Portanto, sem justificativas pelo “não dito” durante o ano passado. Não disse nada e pronto. Aceite o fato sem mais delongas.

E como dizia no início.... esse está sendo o final de um dia preguiçoso, depois de um domingo de churrasco e visita em uma igreja tradicional. Nada contra os tradicionais. Nada mesmo! O problema é comigo, que me acostumei a beber um vinho super-encorpado e não encaro muito bem um que não esteja à altura. Aliás, beber um bom vinho encorpado é algo que não faço há alguns meses. Preciso reabastecer a adega com as pérolas de Tomaz de Aquino. E que pérolas! Ou melhor: que vinhos sensacionais!

De palavra em palavra se faz um post. Para você, que me visita eventualmente, elas podem não fazer sentido. Mas, sem justificativas e com todo respeito, o diário pode ser virtual, mas continua sendo “de moi”. Assim, somente “moi même” o entende. E alguns poucos amigos que conhecem “a moi”.

O dia preguiçoso espera uma noite bem dormida, nos braços de Morfeu. Estou a caminho de casa, a caminho do sono. Não o profundo e eterno. Mas o regenerador, que leva a fadiga da segunda embora e traz o ânimo para enfrentar a semana a partir da terça-feira.
Au revoir!
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.
(Fragmentos do “Soneto da Separação”, de Vinicius de Moraes)




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